O presidente russo, Vladimir Putin, discursa em uma fábrica de montagem de foguetes durante sua visita ao cosmódromo de Vostochny, nos arredores da cidade de Tsiolkovsky, a cerca de 200 quilômetros da cidade de Blagoveshchensk, no extremo leste da região de Amur Tsiolkovsky, Rússia, terça-feira, abril 12 de abril de 2022. A Rússia marca na terça-feira o 61º aniversário da missão pioneira de Gagarin em 12 de abril de 1961, o primeiro voo humano em órbita que abriu a era espacial. (Evgeny Biyatov, Sputnik, Kremlin Pool Foto via AP)
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O FUTURO DE UMA ILUSÃO ou como o campismo obliterou o internacionalismo proletário no conflito russo ucraniano
Roberto Ponciano

Roberto Ponciano considera que a análise pública, disseminada pelas redes sociais sobre a Invasão da Rússia na Ucrânia e construída a partir dos juízos apodíticos, reforça a ilusão de uma moral progressista que camufla um apoio reacionário recortado de um contexto histórico. A invasão da Ucrânia, além de ser utilizada como conteúdo midiático pelo universo dos algoritmos extremistas, dissipa as verdadeiras questões humanitárias e tudo fica subsumido a uma disputa entre potências bélicas, nas quais, os partidos políticos tomam um lado como numa decisão de Copa do Mundo.[…]

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Parem de nos matar!
Roberto Ponciano

No dia seguinte ao massacre perpetrado pela polícia em Jacarezinho, Roberto Ponciano mostra como a brutalização do Brasil contemporâneo está associada à intensificação da dominação territorial das milícias, que sucederam os esquadrões da morte após o período ditatorial. Na base dessa violência, a repressão contínua das populações negras brasileiras, desde a abolição da escravidão (1888) e sua expulsão das plantações – por isso a comparação de Jacarezinho à senzala. Mas até então o Brasil não havia sido presidido por alguém que nutre relações íntimas com as milícias cariocas.[…]