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Agnès Varda, os caminhos da criação
Parte 2
Mireille Brioude

Na segunda parte do texto, originalmente publicado na Sens public, de Mireille Brioude sobre Agnès Varda, são tratados os veículos metafóricos da criação. São analisados os procedimentos estilísticos e estéticos usados por Varda, ao longo de sua carreira, e é feita uma jornada por algumas de suas exposições.

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Agnès Varda, os caminhos da criação
Parte 1
Mireille Brioude

O Coletivo Brasil publica a tradução do texto, originalmente publicado na Sens public, de Mireille Brioude sobre o trabalho de Agnès Varda. O trabalho criativo de mulheres não é apenas uma ideia militante da década de 1970: a reflexão crítica sobre autoras pouco conhecidas, como Violette Leduc, ou famosas, como Marguerite Duras, está em alta. A reflexão baseada nas várias correntes críticas do século XX e na noção de gênero estende-se a todas as áreas da criação artística e, em particular, ao cinema: Agnès Varda é o melhor exemplo disso, na França do início dos anos 2000. Neste artigo, demonstraremos que os processos específicos empregados por Varda exigem uma nova leitura crítica.

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Periferia Brasileira de Letras
Fabrício Brito

Em seu texto, Fabrício Brito apresenta a Periferia Brasileira de Letras – PBL, um projeto feito com a participação da Fiocruz. Fabrício é também dirigente do coletivo A Pombagem, coletivo este que já tem um texto dedicado a ele publicado pelo Coletivo Brasil. Ao final, Fabrício fala da importância da data do 2 de Julho e das atividades de A Pombagem envolvendo as festividades.

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Somos todos deejays de ideias
Ana Dumas

Filósofa, comunicadora e deejay de ideias, Ana Dumas fala sobre seu trabalho em seu carrinho multimídia. Para tanto, discorre inicialmente sobre a cultura tipicamente soteropolitana dos carrinhos de café. Em seguida, apresenta o conceito de Ideas Jockey, indivíduo que seleciona, interfere e dissemina ideias.

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Por que devemos combater a censura a livros
Henrique Rodrigues

O artigo do escritor Henrique Rodrigues levanta uma discussão premente: o aumento dos casos de censura a obras literárias. E, o mais grave: tanto o poder público quanto a iniciativa privada empreendem esse funesto desígnio. Obras como O Avesso da Pele e Outono de carne estranha estão no olho do furacão. O autor expõe aos leitores do Coletivo Brasil as razões e a importância de se combater a censura.

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Vozes indígenas, trilhas para renovar o Brasil
Junia Barreto

Neste mês ocorreu a 20a edição do Acampamento Terra Livre em Brasília, no momento em que temos um Ministério dos Povos Indígenas; em que a FUNAI é presidida por uma mulher indígena e em que um indígena foi eleito como imortal da Academia Brasileira de Letras. Os ventos parecem soprar favoravelmente, mas nem sempre foi assim.

A luta dos povos indígenas é ancestral. Ela começa no exato momento em que se inicia a empresa colonial portuguesa na Terra Brasilis. Não há julgamento algum que altere esse fato. Se precisamos realmente falar em Marco Temporal, é melhor começar falando do Cabral. A causa indígena é de suma importância para a compreensão do Brasil. É uma luta que concerne aos povos indígenas, diretamente implicados, mas também aos não indígenas.

Durante a pandemia Junia Barreto idealizou o projeto Vozes indígenas, trilhas para renovar o Brasil com o objetivo de abrir espaço às diferentes comunidades indígenas de norte a sul do país. O dossiê foi publicado em português e francês pela revista internacional Sens public em novembro de 2022. Publicamos, hoje, seu texto de apresentação do dossiê. No Coletivo Brasil, percorremos o caminho inverso e republicamos este texto ao final das diferentes contribuições. Ao finalizar as republicações do dossiê, esse texto contextualiza o projeto e dá sentido de conjunto à obra.

O dossiê Vozes indígenas, trilhas para renovar o Brasil é fruto de uma parceria de longa data. Já no evento internacional realizado na Universidade de Brasília “Alucinação política das telas”, Erisvan Bone Guajajara expôs sobre seu trabalho na criação do Mídia Índia. A jornada “Sangue indígena, nenhuma gota a mais”, em périplo pela Europa para denunciar as atrocidades cometidas durante o governo Bolsonaro, se fez anunciar em outubro de 2019 no 29e Salon de la Revue, em Paris; em jantares íntimos parisienses e mesmo durante a comemoração em homenagem a Clemenceau patrocinada pelo Estado francês. Também no ATL de 2021, estivemos ao lado dos povos indígenas e em apoio a suas reivindicações.

Nesse momento em que o Acampamento Terra Livre 2024 está em seu pleno curso, a professora e pesquisadora Junia Barreto renova seu apoio à luta e à resistência indígenas. Frente ao conformismo, à passividade e até mesmo à violência reinantes, os indígenas se organizaram e fizeram a diferença.

Assim como no momento de publicação do dossiê Vozes indígenas, trilhas para renovar o Brasil, o Coletivo Brasil pretende reforçar o seu apoio aos povos indígenas, assim como reiterar o convite para que participem de nossa plataforma com suas ideias testemunhos e projetos, multiplicando suas vozes e amplificando o som de seus maracás[…]

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Entrevista com Márcia Tiburi
Parte 1 – Feminismo e literatura
Márcia Tiburi

No dia 25 de Março de 2024, o Levante Feminista contra o Feminicídio comemora 3 anos de existência. Esse movimento iniciado de forma espontânea por Márcia Tiburi, Vilma Reis e Tânia Palma, em conjunto com outras mulheres, conta hoje com mais de mil entidades feministas e segue articulando mulheres de todos os estados do Brasil, no que se tornou uma imensa rede social democrática de feministas, voltada ao combate à violência contra todas as mulheres.

Em entrevista ao Coletivo Brasil, Márcia Tiburi conta como o Levante Feminista contra o Feminicídio vem enfrentando as estruturas do patriarcado e seus mecanismos de controle dos corpos, através da violência constante e sistemática, e afirma sua fé na força transformadora da conscientização política promovida pela luta das mulheres. A filósofa, professora, artista plástica e escritora fala ainda sobre outras ações de que faz parte e conta como suas obras influenciaram o feminismo em nosso país e como foram influenciadas por ele. A autora trata também de seu mais novo romance, Com os sapatos aniquilados Helena avança na neve, onde desvela seu desejo de desestabilizar o circuito da violência através da ficção.[…]

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Entrevista com Ana Maria Magalhães
Ana Maria Magalhães

Nessa entrevista exclusiva para o Coletivo Brasil, que dividimos em quatros partes, Ana Maria Magalhães fala um pouco de sua trajetória no cinema e sobre os filmes que marcaram sua carreira. Atriz e diretora, Ana Maria atuou em diversos filmes, como Azyllo muito louco, Como era gostoso o meu francês e outros. Nas novelas, está presente nas míticas Gabriela e Saramandaia. Como diretora, lançou os documentários Já que ninguém me tira para dançar, que retrata a trajetória de Leila Diniz, atriz que balançou as estruturas da sociedade machista de sua época; O Brasil de Darcy Ribeiro, sobre essa importante personalidade de nossa história; e Mangueira em dois tempos, em que mostra o percurso de membros da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã. Ana Maria ainda fala sobre a recepção de sua obra pelo público jovem e suas referências dentro e fora do cinema.[…]

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Antes da Pandemia
Kowawa Apurinã

Kowawa Apurinã, indígena, antropóloga e educadora, relata, nesse vídeo originalmente publicado na Sens public, suas impressões sobre as difíceis condições de vida das mulheres e de suas famílias nas comunidades indígenas, que não contaram com o auxílio do Estado no contexto do governo de Jair Bolsonaro. Kowawa Apurinã ressalta a importância da terra e da relação de harmonia com a natureza, não somente para os povos originários, como também para toda a humanidade.[…]

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Encantado, o Brasil em desencanto
Camille Malderez

Originalmente publicado na Sens public em 2020, o artigo de Camille Malderez fala do primeiro longa metragem de Filipe Galvon, Encantado, o Brasil em desencanto, ganhador do Festival Internacional de Brasília, no ano de 2020, na categoria Juri Popular. O filme, que tem como ponto de partida a experiência do autor no bairro do Rio de Janeiro onde nasceu, traz um panorama das grandes mudanças políticas do país a partir da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Nesse período carnavalesco de liberação das pulsões, o Coletivo Brasil acredita ser importante uma reflexão sobre o quanto ficamos encantados com promessas e como lidamos com o consequente desencanto. O canto da sereia bolsonarista de 2018 encantou miríades, mas agora é diferente a tocata que toca em certas tocas. Passado o êxtase do fim do atraso e do retorno da civilização, como reagiremos? Compreenderemos que o príncipe é também o sapo?[…]