Por do sol em Dubai. Fonte: Instagram pessoal de Luiz Tukano

Luiz Penha Tukano, natural do município de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, está em Dubai como representante da COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – onde ocupa o cargo de assessor técnico. O biólogo formado pela Unb relata através de fotos e vídeo sua experiência na COP 28.

Entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023, acontece a COP 28, Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O encontro anual reúne países de todo o mundo para discutir mecanismos de desaceleração do aquecimento global e de estabilização da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

Uma COP (Conference of Parties, em inglês) é a instância decisória maior da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Todos os Estados-membros estão representados na COP, além, é claro, de representantes da sociedade civil. Na COP, os membros decidem pela implementação dos instrumentos legais necessários para promover a efetiva implementação da Convenção. Um elemento chave da COP é rever o inventório de emissões de gases de efeito estufa dos Estados-membros. Com esses dados, a COP assessora os Estados a alcançarem os objetivos da Convenção. A COP se reúne anualmente, a não ser que os Estados-membros decidam o contrário. A primeira COP ocorreu no ano de 1995, em Berlin, na Alemanha.

Este ano, o Brasil enviou a maior delegação indígena de sua história, liderada pela Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e pela Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. O país se destaca nas discussões sobre a descarbonização de sua indústria e debate uma transição energética, socioeconômica e laboral justa, na tentativa de conter o aquecimento global, até o ano de 2030.