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O Brasil como destino
Elizabete Sanches Rocha, Giovanna Leme de Castro e Letícia Laurenti Olivi

Nesse momento em que há acirramento da tensão entre a Venezuela e a Guiana pela disputa da região de Essequibo, o Coletivo Brasil publica um texto de Elizabete Sanches Rocha, Giovanna Leme de Castro e Letícia Laurento Olivi sobre a imigração venezuelana para o Brasil. A discussão sobre a imigração se impõe como necessária em decorrência do conflito. No artigo, as autoras discorrem sobre o fluxo migratório de venezuelanos com destino ao Brasil. Além de um histórico dessa migração, as autoras discutem a prática da interiorização dos imigrantes e a necessidade do reconhecimento cultural como base do acolhimento.[…]

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Sexo e transgressão
Ching Selao

Se há uma escritora francófona conhecida por seu impudor literário certamente é Calixthe Beyala. Sua propensão a escrever sobre a sexualidade e o desejo das mulheres africanas levou os críticos a sublinhar a originalidade de sua obra e a falar de uma “poética do obsceno”. Seus romances igualmente a levaram a ser qualificada como autora “pornográfica” e “escritora de escândalos”, que exploram a provocação como uma “estratégia que remunera”. Ainda que Beyala não hesite em brandir sua feminilidade e a apontar o racismo e o sexismo para denunciar as críticas de seus detratores, colocando-se assim como vítima, mesmo assim é útil se questionar sobre a recepção de seus livros e as declarações a seu respeito que insistem sobre sua identidade sexual e sua origem africana. Ora, impudor literário que ela pratica, seja percebido positivamente ou negativamente, é frequentemente julgado em termos dessas características. O artigo a seguir, originalmente publicado na revista Sens public, analisa essas questões, retornando ao “Affaire Beyala” e examinando as implicações de sua escrita “pornográfica”.[…]